O PPP Brasil foi ao “ar” em 17 de maio de 2011, depois de alguns meses de preparação. Foram 7 anos de existência.
O portal permitiu que muitas pessoas tivessem acesso às informações básicas sobre as PPPs e as concessões, assim como permitiu que formadores de opinião pudessem se expressar e apresentar suas opiniões sobre dezenas de temas relevantes. Foram aproximadamente 1.500 notícias e artigos publicados.
Além da presença virtual, o PPP Brasil se aventurou na concepção e execução de alguns eventos, em parceria com a Hiria. Foram mais de 8 eventos entre 2013 e 2016. O PPP Summit e o Formação em PPPs permitiram que pessoas se conhecessem e forjassem relações. Foram realizados também duas experiências de ensino sobre PPPs e concessões na Sociedade Brasileira de Direito Público (SBDP), cada uma com 14 semanas de duração. Os encontros semanais tiveram turmas com alunos de graduação de diferentes campos (economia, administração, direito, contabilidade, relações internacionais, entre outros).
Cabe mencionar também o esforço de atender a imprensa, bastante intenso entre 2011 e 2015.
Os parágrafos acima são um razoável resumo do que foi o PPP Brasil. Uma síntese adequada para algo que se iniciou sem muitas pretensões. A ideia era simplesmente manter um portal com algum nível de atualização semanal sobre as PPPs, quer seja porque não havia muita informação disponível, quer seja porque se apostava que o tema cresceria em importância nos próximos anos.
Olhando para trás, creio que o alcance do PPP Brasil em seus anos iniciais deveu-se a dois fatores: (i) imaturidade e pouca transparência sobre a experiência brasileira com PPPs; e (ii) crescente uso das PPPs por governos estaduais a partir de 2012. Foi algo adequado no momento certo.
Tudo feito por mim, pelos colaboradores, que enviaram artigos, novidades e apoio, pela assessoria de imprensa, atuante desde o primeiro dia do portal, e pelos usuários (houve um pico de 12.816 visitantes únicos em outubro de 2014, sendo que a média foi de 4.712 visitantes únicos por mês, entre maio de 2011 e de 2018). Foi algo simples e que funcionou, tendo gerado mais valor do que aquele que foi consumido.
O encantamento pelo tema me levou à ação e foi extremamente gratificante ter conduzido uma iniciativa simples, que permitiu tantas conexões, cultivando a premissa de que teríamos uma experiência de maior qualidade se mais informações estivessem disponíveis para todos.
O PPP Brasil se encerra nos seus moldes atuais pela própria evolução do mercado de PPPs e concessões no Brasil. Hoje há inúmeros eventos sobre o assunto, dezenas de formadores de opinião, dezenas de mestrados e doutorados publicados, um banco de dados robusto (da Radar PPP, empresa da qual sou sócio, criada em abril de 2014), um MBA, vários cursos de curta duração, uma rede de gestores públicos dedicados ao tema e uma certificação de especialista internacional em PPPs e concessões disponível aos interessados (CP³P).
Há hoje, sem dúvida, um debate público, referências e práticas de maior qualidade sobre as PPPs e concessões, a despeito dos desafios que ainda impedem o uso mais virtuoso destes modelos de contratação pública. Fico feliz que o PPP Brasil acompanhou, e de vez em quando contribuiu, com tal evolução.
Agradeço aos colaboradores, aos usuários e àqueles que um dia enviaram um e-mail. Sempre houve a tentativa de produzir algo de qualidade, mesmo que com poucos recursos, e de atender quem entrava em contato do melhor modo possível. Os equívocos, alguns e-mails não respondidos e a incapacidade de ter feito algo melhor são de responsabilidade inteiramente minha.
Os conteúdos um dia publicados seguem disponíveis, mas o portal não mais será atualizado. Fica, então, um registro de parte da experiência brasileira com PPPs e concessões entre 2011 e 2018. Sigo ao dispor para conversas e ideias na Radar PPP (www.radarppp.com).
Até breve!