Haverá segundo turno para a seleção de Prefeitos em 13 (treze) Municípios do Estado de São Paulo e em alguns deles as parcerias público-privadas (PPPs) são mencionadas pelos candidatos em seus planos de governo protocolados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com levantamento do PPP Brasil, 6 dos 26 candidatos a Prefeito em segundo turno no Estado apresentam as PPPs expressamente em seus programas de governo. Veja os trechos a seguir:
Gazzetta (Bauru): “realizar chamamento público para Manifestação de Interesse, visando a implantação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para tratamento de Resíduos Sólidos e Iluminação Pública, na modalidade de concessão pública administrativa”; “Fomentar parcerias público-privadas para garantir investimentos em equipamentos esportivos e melhorar a participação de Bauru nos Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior”; e “Discutir a implantação das PPPs, definir atividades para sua execução, contando com a Legislação autorizativa já aprovada”.
Eli Corrêa Filho (Guarulhos): “A capacidade de identificar novos caminhos, novos players e uma nova concepção para o financiamento independente e adicional aos recursos da execução do gasto público está diretamente relacionada à capacidade de identificação, formulação e articulação precisa, de projetos estruturantes e estratégicos. A regulamentação das parcerias público-privadas e as novas modalidades de financiamento do desenvolvimento indicam um novo caminho a ser trilhado nessa relação para os grandes projetos de gestão e desenvolvimento urbano que podem potencializar investimentos que se mostram viáveis, mas que não podem ser realizados, devido às restrições orçamentárias”.
Duarte Nogueira (Ribeirão Preto): “Dotar a Secretaria de Cultura de agentes especializados em PPP – Parceria Público-Privada, competentes para compreensão dos processos de Licitação, concessão, editais”.
Ricardo Silva (Ribeirão Preto): “Em face da catastrófica situação financeira da Municipalidade provocada por gestões temerárias, o bom senso nos índica que a primeira atitude a ser tomada será a de levantar todos os compromissos e buscar uma nova condição que permita maior margem e investimentos. Além disso, será imprescindível a busca de parcerias público-privadas, literalmente auditadas por técnicos e especialistas, seguindo normas internacionais de transparência e acompanhamento social”.
Paulo Serra (Santo André): “Fortalecer as representações desportivas municipais através da promoção de parcerias público-privadas que permita o desenvolvimento do esporte competitivo e o desempenho de nossos atletas em campeonatos e torneios nas principais modalidades” e “Promover a parceria público-privada com a finalidade de ampliar e melhorar a infraestrutura e equipamentos direcionados à prática do esporte competitivo e apoiar as equipes e atletas de alto rendimento, incentivando sua permanência na cidade, valorizando e capacitando nosso quadro de treinadores e monitores”.
Alex Manente (São Bernardo do Campo): “Concluir as obras iniciadas e executar novas obras por meio de Parceiras Público Privadas – PPP, sem investimentos da Prefeitura. O Parceiro será responsável pela execução das obras/conclusão e terá o retorno de seu investimento por meio de concessão para explorá-las”.
Além das menções expressas, há ainda vários outros candidatos que, a despeito de não mencionarem diretamente as PPPs, apresentam projetos que poderiam ser implementados por PPPs, conforme exemplos abaixo indicados:
De acordo com a lei federal de PPPs, os Municípios podem gastar por ano até 5% da sua Receita Corrente Líquida (RCL) com PPPs. Na amostra dos 14 Municípios com segundo turno no Estado de São Paulo, a soma das RCLs é maior do que R$ 24 bilhões, de modo que tais cidades, em conjunto, podem comprometer até R$ 1,2 bilhão de gasto público com PPPs por ano.
Esse montante mostra o potencial que o modelo de contrato tem para gerar gasto público de qualidade e serviços aos cidadãos nos próximos anos.
Das cidades da amostra, em apenas 4 já há contratos de PPP assinados, o que reforça o potencial de crescimento do modelo de contrato. Os contratos assinados da amostra localizam-se em Guarulhos (esgotamento sanitário - 2014); São Bernardo do Campo (resíduos sólidos - 2012); Osasco (resíduos sólidos - 2008); e Taubaté (resíduos sólidos - 2016).